Uma nova pessoinha na familia, que recentemente só havia diminuido, faz a gente reencontrar quem tinha sumido. Novos rostos, novas vidas, outras familias, minha nova altura.
Todos se assustaram e perguntaram: "Quem é essa moça?"
Tios e primos não me reconhecem mais.
Aquelas tardes na Casa da Barra onde uma menininha corria atrás dos cachorros de skate, mergulhava na piscina com a prancha de surf e corria para comer o melhor pedaço de carne cariosamente separado no canto da tábua, ficaram embaçadas. A menininha cresceu. Ninguém mais viu, não reconheceu.
(Só aquele palhaço, que só faltava o nariz vermelho, meu médico de pequena que não titubiou. Também, fez parto, aniverário, consulta.)
Era com eles que papai era mais ele. Era na Casa da Barra que ele ria, brincava e fazia churrasco. Foi lá que vivi os melhores momentos com ele, onde ele se divertia me me ensinava coisas.
Ok, mudei muito nos últimos 8 anos. A perda do papai fez isso, todas as mudanças que a falta dele fez, fizeram isso.
Catarina fez o reencontro de relações que viraram pó com o tempo.
As bochechas de Catarina fizeram a gente não prestar atenção na pessoa que ali faltava.
Fez bem, Catarina.
Pela primeira vez não chorei ao ver papai presente.
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