Sempre me apeguei muito aos meus amigos. Os defendia com garras e dentes se qualquer coisa ou pessoa pudessem machucá-los. Sempre procurei me dedicar a essas amizades, às vezes, talvez, mais do que devesse.
No inicio do ano me bateu um medo enorme das grande mudanças que se apresentavam, especialmente por isso...
Como seria agora que não veria meus amigos todos os dias?
Como seria agora que eu não teria que vê-los por motivo algum, que não fosse nossas proprias vontades?
Será que eu encontraria novos outros amigos?
A resposta veio pelas cartas que me afirmaram que alguns amigos vão, outros vêem e que eu não deveria me torturar por isso: sem amigos eu não ficaria.
Tudo bem, mas isso era dificil pra mim, sou teimosa e algumas amizades eu simplesmente não considerava descartáveis e pretendia lutar até o fim por elas. Independente até mesmo do que a vida me apresentasse... e foi aí o meu erro.
Vi que não adianta batalhar por uma relação se isso for uma via de mão única. A vontade de manter uma amizade - ou qualquer relação - tem que ser compartilhada, as ligações divididas, as histórias trocadas. Talvez essa seja a palavra: troca. Sem cobrançaa, sem ilusões, com compreensão.
Não há distância ou o tempo que mate uma amizade, se os dois estiverem dispostos a mante-la. Para isso é preciso amor, disposição, internet e dois celulares. rs Feriados, finais de semana e férias também ajudam - é aí que se tem mais tempo para se dedicar a essas relações que não estão no cotidiano.
Outro elemento fundamental, e talvez o mais fundamental, é o diálogo. Sem abertura pra conversa não tem como confiar, sem confiança não há amizade. É preciso dedicar alguns dias, talvez semanalmente, talvez mensalmente para trocar experiências, compartilhar dores, preocupações, alegrias. Sem esse diálogo temos apenas uma relação de colega, não uma amizade.
Talvez esse ano amizades que eu considerava grandes tornaram-se colegas. Talvez algumas amizades que eu considerei que perderia, me surpreenderem, outras que supus que estariam estabilizadas se aprofundaram. Felizmente encontrei alguns poucos, mas bons amigos no novo cotidiano.
E amizades novas são boas. São elas que nos vêem como realmente somos hoje, e não aos 13 anos de idade. Amizades antigas também são boas, foram elas que nos acompanharam em momentos importantes que não voltaram e que os novos amigos talvez nunca irão entender: a graça, a dor, a felicidade, o desespero.
Algumas vezes briguei ou me entristeci por tentar segurar relações que escorriam. Mas acho que agora aprendi. Deixa ir. Acontece... Não era hora, ou já era hora. Não vou mais me desgastar se não considerar que vale a pena.
Melhor poder ser eu, dizer o que penso e quero, pelo menos para essas poucas pessoas: amigos de 2008.
3 comentários:
chorei.
nossa! =)
sou um amigo 2008!!!
EEEEEEEEEEEEE!!!huahuauha
bjo bjo
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