Amigos a um tempo já. Os dois não viam a hora de sair de casa, ter seu canto do jeito deles. Mas faltava grana, claro. Ela morava de favor na casa de uma tia velha que reclamava de tudo que era possivel e impossivel. Ele era super protegido pela mãe, filho único né, sabe como é. Mas ambos já se sentiam preparados para cortar o cordão umbilical, bater asas e sair do ninho, ou como você preferir chamar.
Dividindo essas angústias na mesa do bar deciram: iam dividir um apzinho e se livrar do que os atormentava. Pouca gente acreditou que eles falavam sério. Foi fácil achar um lugar que os agradava e logo se mudaram. O apartamento ficava perto da faculdade que eles faziam... tinha dois quartos, um banheiro, uma salinha rasoável e uma cozinha americana. Tinha também uma varandinha com vista lateral pro cristo redentor - xodozinho do ap. Os dois se divertiram pintando as paredas da sala, do quarto, arrumando as caixas, pensando na organização na nova casa.
O open house tava marcado para a noite seguinte. O gás ainda não tava instalado e foi preciso pedir comida pelo telefone. Ele ligou, ela atendeu a porta.
Ela não sabia se era a falta de namorado ou o que mas o Lipe, amigo de sempre, e só amigo, estava extremamente exitante naquele dia. Ela não sabia se era a luz, a pouca roupa, a intimidade, mas a vontade era ter algo mais era latente. Nem que fosse só naquela noite.
Ele tentava se segurar e repetia isistentemente como um mantra: "não dá cara, vcs vão morar junto se vcs transarem vão casar, e não é isso que vc quer..." Mas aquela camisola tava de matar um.
Os dois sentaram para comer. Resolveram abrir algumas das cervejas separadas para a noite seguinte. A música tinha sido escolhida por ele e parecia de propósito: acústico do lenine - cd que ela amava e deixava um climinha doce no ar. Uma piada aqui, outra ali, muitas risadas. Ela colocou a mão do joelho dele, mas logo tirou sem graça. Ele sem querer segurou a mão dela, mas logo tirou fingindo que nada havia acontecido. Resolveram dormir, era mais seguro. Arrumaram a mesa, louça na pia, sobra na geladeira. Ela escova os dentes enquanto ele pega algumas coisas que tinha deixado na sala, desliga o som.
Entre um quarto e outro os dois foram se despedir. Estava quente o dia. Não sabiam se se abraçavam, se beijavam ou simplismente viravam de costas desejando boa noite. Alguns segundos se olhando testando a melhor alternativa.
2 comentários:
Será que quando eu for morar no Rio com a Iuiu vai rolar um lance?
ah meu bem, só ela, quem sabe, poderá te responder isso! hahahaha
Postar um comentário