sábado, 31 de maio de 2008

Eu e as minhas estrelas

Não lembro exatamente quando começou, mas sei que foi por volta do 2000. "As pessoas quando morrem viram estrelas", dizia o desenho animado. Minha estrela se fez no céu naquele ano, e eu passei a adotar essa figura para mim: estrelas no teto do quarto, nas roupas, bjuterias, acessórios, nick e na primeira poesia feita para mim.

"Ela apareceu hoje no céu só pra me ver tenho certeza (...)
Estrela, estrela estrela, és deusa da noite do Rio
No Rio de Janeiro tão quente, pra ti que vieste do frio
Estrela, estrela, estrela de barro eu sou arlequim" (Geraldo Azevedo)

Passei a gostar de observar o céu. Ver as constelações, signos, significados. Um céu estrelado passou a me ganhar. Nunca vou esquer do céu do reveion desse ano, no meio do mato as estrelas iluminavam a estrada. Esses astros passaram a me seduzir, a me acalmar.

"Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar" (Gil)

Passaram a me associar a estrelas, a me dar coisas de estrelas. Hoje são mais de 40 no meu quarto. Fora as vistas da janela que sempre me fazem parar.
A minha oração é feita nesta direção.

"Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!""
(Mario Quintana)