quinta-feira, 12 de julho de 2012

Transitividade

O amor mais sublime é verbo intransitivo. O amor puro e belo para mim, não precisa ser reciproco, não precisa de telefonema, beijo, palavras bonitas, objeto. Ele existe em si só e não acaba nunca, como o ar que compartilhamos. O amor perdoa, compreende e aceita. O amor é completo em 5 letras e um grande sentimento.

Para te amar não dependo de você. 

Acho lindo toda essa minha crença e era exatamente isso que gostaria de sentir. Ou pelo menos, acho que devo. Mas minhas amarras terrenas fazem com que eu não lembre do porque te amei, te esperei, te guardei. Fazem eu dizer tudo isso no passado e não querer te ver hoje. Fazem eu sentir raiva, ressentimento e mais um monte de coisas ruins. Sentimento que me dão nó na garganta e água nos olhos, às 9h de uma quinta feira, no ônibus, indo para o trabalho ouvindo All You Need Is Love.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Troca?

Passei na banca e decidi comprar mais um pacotinho. Abri animada mas com cuidado, nunca se sabe o que iremos encontrar dentro de um pacotinho de figurinhas. Abri.
Dentro dela, você, brilhante, rara de se ver, desejada, no meio de uma maré de má sorte.
Depois dos pulinhos de alegria tive que decidir colar no meu álbum ou colocar pra jogo?
Se colasse no álbum, você ficaria ali esquecida, fazendo parte de um todo, uma história, no meio de tantas outras figurinhas.
Se te colocasse pra jogo tenho certeza que te perderia. Não por ser pessimista, mas por saber que eu não iria dar o valor que você merecia. Certamente iria te perder, numa partida de bafo ou numa troca desvantajosa.
Esse não era o momento de você aparecer, brilhante... Resolvi te pôr no bolso. Arrisco, pois você pode cair a qualquer momento. Mas posso também, quem sabe, um dia lembrar de você, te tirar do bolso e te colocar pra jogo. Vai que num dia de boa sorte, você não vira pra mim.