sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sexo, Amor, Traição

Luciana Mello

Composição: Eugênio Dale, Nossa Música e Totonho Villeroy

Ganhei o dia
Que bom te conhecer
Alguém espia
Eu to de olho em você

Tá tudo em cima
Ninguém falou de amor
Rolou um clima
Mas não me leve a mal
Se eu me apaixonar no final

Não quero ver quem tem razão
Sou movida à paixão
Roupa jogada pelo chão
Sexo, amor, traição
O sol caindo no Leblon
Não, não diga nada

Refrão (2x)
Deixa esse filme rodar
Deixa essa estrela brilhar,
não quero nem saber,
Eu sei que sempre vale à pena
Outra cena de cinema acontecer

Não quero ver quem tem razão
Sou movida à paixão
Roupa jogada pelo chão
Sexo, amor, traição
O sol caindo no Leblon
Não, não diga nada

Refrão (2x)
Deixa esse filme rodar
Deixa essa estrela brilhar (deixa)
Eu sei que sempre vale à pena
Outra cena de cinema acontecer

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Platônico blasé

Entrou quieto na sala. Recebi uma cutucada. Gato, né? Muito. Deixa quieto.
Na apresentação, um nome comum, algo em comum. Puxa papo, vem, vai. Outras coisas semelhantes. Assuntos recorrentes de literatura, teatro, cinema. O tempo passa e um encanto, me encanta. Platônico, total.
Tento me aproximar. Primeiro com más intenções, claro. Depois ingenuamente. Talvez eu devesse ter invertido essa ordem... As caronas que antes eram constantes e divertidas sumiram. Como um bicho acuado se esconde. Atrás dos assuntos recorrentes, simples, superficiais. Atrás de desculpas muito bem esfarrapadas. Tudo bem, calma, não quer mais nada contigo.
Ele parece não entender. Esquiva-se cada vez mais, entrando em sua toca. Seu corpo mostra que há uma certa importância na presença e opinião de minha pessoa. Mas as ações... ah, essas nada demonstram, nem sim, nem não, muito menos um talvez. Assuntos de estudo, respostas, qualquer outro, silêncio. Incomodo total. Recusa de uma amizade quem bem mal começou. Sinto-me traída apesar de nunca ter ouvido promessa nenhuma. Sinto-me esquecida, sem nunca antes ter sido lembrada. Aquele que antes percorria meus sonhos hoje me dá enjôo. Blasé à demasia. Racional ao extremo, e em cada detalhe. A mão que não pode se encostar, o choro que cala, o jeito distante de falar. Isso me irrita. Gente que não se entrega no que faz e fica observando tudo com ar de superioridade. Defesa, só pode ser. Não, não consigo, não aprendi a lidar.
E ainda me pergunta: só por que eu não gostei do seu amigo?
Muito longe disso, meu bem.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

beijo



Faz falta aquele ombro.
Nenhum especifico não, aquele.
Acompanhado de um cafuné, um sorriso, um beijo, quem sabe.
Ele faz falta.
Nenhum específico, ele.
Certas conversas que nunca tivemos.
Aqueles abraços quase.
Aquela mão em mim.
Sinto falta da sua boca vir me dar um beijo.
Nenhum beijo especifico, aquele.
O que nunca demos, o que nunca esquecemos.
Saudade da sua voz, cantando aquela canção.
Nenhuma especifica não, aquela.
Do solo, de voz macia, quente, provocante.
Aquele olhar, sinto falta.
Aquele, esse mesmo que você sabe bem qual é.
Meio de lado, safado, de quem quer me despir ali mesmo.
O beijo.

domingo, 12 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nota de falecimento

Hoje o dia teve três mortes de conhecidos, ou quase conhecidos.
Três enterros: um às 15h, um às 16h e outro às 17h. Mas como estou lonje de ser maria-carpideira, nenhum eu fui. Afinal são conhecidos, ou quase.
São amigo, pai, avô, mãe e avó de amigos. Tevez dos que ficam eu deveria cuidar. Mas não sou enfermeira, e cá fiquei. Nem ligar quis. Afinal diz-se o que? E pior, responde-se o que?
Coisa mais normal a morte. A única certeza que todos temos. Especialmente quando se está velho, doente, internado. Às vezes é até melhor, sabe, descanso.
Para os que ficam dói. Sempre dói. Como dói. Os que nunca viveram nem sabem como é. Nem idéia tem. Fazem bem.
O que foi faz falta, claro que faz. Mas se foi. É algo que deve-se aceitar, como a coisa natural que é. Criam fantasmas, fantasias, ilusões. Tudo para tentar engolir mais fácil. Não adianta, não.
O jeito é deixar a vida correr... levandar a cabeça, seguir em frente.
Afinal, ficamos, né?