segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mais uma vez no aeroporto.

Gosto muito de aeroporto. Gosto de ver essa gente que parte essa gente que chega e principalmente os encontros. Ah, os encontros são lindos de ver. Sempre fiquei pensando que gostaria de perguntar a cada uma daquelas pessoas que esperam quem e por que esperam. Até que fizeram um programa com isso, mas que me emociono de mais quando vejo, então não vejo. Mas continuo imaginando, por que na minha imaginação as histórias são sempre lindas e com finais felizes. Não que eu acredite em contos de fadas, mas já que vou imaginar, melhor que seja coisa boa. E toda vez que chego, não importa se vou ou volto sempre saio do portão do desembarque esperando ver um rosto conhecido. Portão de desembarque pra mim tem cheiro de abraço com saudade. Eu gosto de ser independente e normalmente digo a todos que não precisam me buscar, e não precisam mesmo, sei me virar. Mas lá no fundo sempre desejo uma surpresa. Tem coisa mais gostosa do que chegar em um lugar e ser recepcionado com um sorriso e um abraço? Pois são assim todas as minhas boas lembranças de aeroporto, um amigo de braços abertos me esperando.

Mas aeroporto num geral tem cheiro de saudade. Também já chorei muito em aeroporto, principalmente de saudades antecipadas. É difícil soltar um abraço bom sabendo que ficará um tempo sem sentir aquela pessoa ali, na sua frente. Mas é também nesse momento que as pessoas se declaram, se abrem naquela sensação de não ter o amanhã. Mesmo sabendo que a pessoa vai voltar, e muitas vezes tem data definida, o coração fica apertadinho com aquele último tchau, antes se virar a curva.

Aeroportos me deixam carente. Do último beijo, do ultimo abraço, do ultimo sorriso. Porque mesmo eles não sendo os últimos, para sempre, são sempre sinceros e carregados daquela sensação.... de que a gente só começa a dar valor para a presença, na ausência.