segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Memória de um silêncio eloquente

Elisa Lucinda

Para ti
sempre tive um infinito
estoque de perdão.
Só para ti
perdoei mais que suportava,
mais do que pude.
Minha cerca-limite era sem estatuto,
não tinha um não delimitando nada.
Fui perdoando assim de manada
e muitos erros desfilaram me ferindo
nos interferindo silenciosos,
sem ninguém denunciar.
Perdoa a dor que te causei,
é que você estava há tempo me machucando
e eu não gritei.