quarta-feira, 24 de junho de 2009

Desculpa, mas eu não consigo ser indiferente a você.
Da mesma forama que o meu irmão, a minha raiva dura apenas até você me sorrir.
E aí tudo vira festa, só um carinho na nuca e eu me derreto.
Queria que tudo fosse bem mais simples e no momento que eu dissesse "estou com saudade" vc surgisse na minha frente.
Queria também que quando eu dissesse "não quero nunca mais te ver", você sumisse.
Se você me obedecesse minimamente eu ficava feliz... ao falar: me ligue, vc ligasse.
Ou então, ficaria feliz que vc aceitasse as minha propostas: "vamos ao cinema?""vamos".
Gostaria que tudo fosse BEM mais simples.
Gostaria de gostar de você e que você gostasse de mim.
E assim seriamos felizes e eternos enquanto durasse.
Enquanto durasse.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Reencontro

Sabe, sempre senti a sua falta. Nesses 9 anos que ficamos sem nos ver sempre procurei alguém que morasse perto para conviver. Era tão prático abrir a porta de casa e ter o seu melhor amigo ali: espetando uma maçã verde, gritando o seu nome, esperando por você. Era bom acompanhar a vida de alguém tão de perto. Poder compartilhar as histórias, brincadeiras, descobertas, brigas...
Mas estava com um certo medo de te encontrar. Medo bobo, mas sei lá, tinha tanto tempo né? Tantas coisas mudaram no nosso corpo, na nossa vida, nas nossas idéias. E se a gente não tivesse assunto? E se ficasse com vergonha e nem conseguisse chegar perto pra conversar? e se vc tivesse se tornando um babaca??
Foi um alívio aquele domingo a tarde. A gente engatou a primeira e passou horas conversando. Passamos por vários assuntos e descobri que vc não só não é um babaca, como se tornou um cara bem legal. Fala sobre varios assuntos, escuta, é educado, tem varias idéias interessantes.
Vi um pouco daquele menino também. Lá no fundo do olho ainda contando a história da maçã meio assombrado. Acho que se desse ficávamos o dobro do tempo ali colocando o papo em dia como se não tivessem se passado 9 anos... espero o nosso chopp.
;)

Redemoinho

Toda vez que volto para esse ponto sinto que entro num ciclo sem fim. Um ciclo que me puxa para baixo, me faz sentir de novo coisas que eu já tinha parado de sentir.
Sempre que paro de novo nesse ponto tenho aquela estranha sensação de já ter passado por ali, se estar perdida, andando em circulos sem reconhecer o caminho de saída.
Quando olho para esse ponto mais um vez sinto cansaço, que já passou a minha hora de ir embora.
Sempre que entro nesse redemoinho o vento confunde as minhas sensações, as memórias se embaraçam e tudo que eu quero é pôr os pés no chão.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Quanto tempo...

Muito tempo que não escrevo por aqui.
Não é só falta de tempo de sentar na frente do PC e escrever não.
Tenho escrito. Mas escrito para mim.

A gente aprende muita coisa através da observação, dos exemplos. Aprendi a não expressar os sentimentos mais verdadeiros e profundos, pequena eu era, e mal tinha sentimentos profundos.
Um dia me disseram: "Sentimento entalado na garganta dá doneça. Tem que falar, expressar, gritar, não pode esconder. Corrói por dentro, apodrece, a gente fica doente, e até morre."
Virei matraca. Dá doendo, grito. Não to gostando, reclamo. Não to entendendo pergunto e quero resposta, agora. Gosto, digo, amo, escrevo, demostro.
Aprendi também que a vida passa rápido e se a gente não disser agora, pode não dar mais tempo de dizer. Nada pior do que ser tarde de mais pra dizer "eu te amo", fazer um cafuné, olhar e compreender.

Mas aí tudo virou ão. E ão e inho são sempre perigosos e precisam de cuidados. Antes mesmo de saber o que EU sentia ou pensava, falava. Cheia de opiniões e certeza, dando com a cabeça na parede mas sempre nos extremos. Falando de montão, gritando altão, reclamando muitão. Pensando bem pouquinho, deixando os sentimentos amadurecerem nem um tiquinho, sem ser devagarinho.

Descobri que às vezes é melhor calar. às vezes é melhor falar. outras melhor é se expressar, cantar, desenhar, interpretar, escrever.
às vezes é melhor só olhar.