terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nota de falecimento

Hoje o dia teve três mortes de conhecidos, ou quase conhecidos.
Três enterros: um às 15h, um às 16h e outro às 17h. Mas como estou lonje de ser maria-carpideira, nenhum eu fui. Afinal são conhecidos, ou quase.
São amigo, pai, avô, mãe e avó de amigos. Tevez dos que ficam eu deveria cuidar. Mas não sou enfermeira, e cá fiquei. Nem ligar quis. Afinal diz-se o que? E pior, responde-se o que?
Coisa mais normal a morte. A única certeza que todos temos. Especialmente quando se está velho, doente, internado. Às vezes é até melhor, sabe, descanso.
Para os que ficam dói. Sempre dói. Como dói. Os que nunca viveram nem sabem como é. Nem idéia tem. Fazem bem.
O que foi faz falta, claro que faz. Mas se foi. É algo que deve-se aceitar, como a coisa natural que é. Criam fantasmas, fantasias, ilusões. Tudo para tentar engolir mais fácil. Não adianta, não.
O jeito é deixar a vida correr... levandar a cabeça, seguir em frente.
Afinal, ficamos, né?