terça-feira, 1 de julho de 2008

Presa nos limites que construi
Sinto-me sufocada
Entre quatro paredes
E um monte de gente
Não consigo respirar
À minha frente uma folha em branco
Na qual algumas palavras deveria dissertar
Mas os limites foram além
Aprisionando o livre pensar

Saí para me encontrar
Primeiro ao mar fui procurar
Mas estava longe
(e o preso tempo era curto)
Achei melhor perto ficar

Na Baia vi além
Olhei para o outro lado
Um quase horizente
Mais perto de alcançar
Vi outros lados,
Outros limites
Tirei o olho do umbigo
Dei de cara com o reflexo de alguém
Que brilhava no olhar
Um único desejo:

voar, como gaivota no ar.

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