domingo, 10 de agosto de 2008

Ele, com letra maiúscula e tudo mais que tem direito.

É o oitavo sem ele.
No primeiro a falta foi absurda. Mal me contive. Passei o dia olhando areia embaixo do mar de Copacabana. Depois chorei ao ver tevê. Não era nada de mais. Apensas uma palavra que me angustiava e era incessantemente repetida. Mas tinha o vovô.

É o quarto sem ele.
O primeiro foi estranho. Faltou uma reunião de família no ano. Mas criou-se uma habito entre eu e os meus irmãos.

Mas esse é o oitavo sem ele. Todos temos padrasto e era a vez deles.
Tudo bem, sem problemas.
As coisas voltaram ao normal: almoço de família, presentes.
Mas sempre falta alguém.
E por melhor que eu esteja, por mais superado que esteja, esse dia tem um clima estranho. Parece que algo paira no ar. Algo que não é falado, mas todo mundo sabe do que se trata. Todo mundo me trata como se eu fosse desabar. Eu me trato como se fosse desabar.

Pera aí.
Não vou.


Passou.



Ou tá na hora de passar.

Nenhum comentário: